O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que sane uma série de omissões existentes no processo de licenciamento ambiental das obras de trecho da rodovia MT-251, conhecido como Portão do Inferno.
Entre os itens destacados na recomendação, o MPF pede que o Ibama explique qual legislação foi usada para emitir a licença das obras e que justifique tecnicamente por que seguiu o Licenciamento Ambiental Simples (LAS). A autarquia também deve esclarecer se o estado de emergência decretado pelo governo estadual após deslizamentos ocorridos no local justifica a escolha do LAS.
Além disso, o documento recomenda que o Ibama analise os projetos alternativos propostos pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra/MT) como solução definitiva para os deslizamentos. O objetivo é avaliar se, na visão do Ibama, o retaludamento da rocha é realmente a obra mais adequada.
Com a recomendação, foi dado prazo de três dias para que o Ibama informe se adotará as providências recomendadas e, em caso positivo, que tome as medidas necessárias no prazo de dez dias.
Entenda o caso – O MPF está acompanhando as obras na Rodovia Estadual Emanuel Pinheiro (MT-251), especialmente no trecho chamado Portão do Inferno. Como essa área faz parte do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, a responsabilidade de emitir a licença ambiental é do Ibama.
No final de 2023, rochas e detritos se soltaram no referido trecho, o que levou ao fechamento da via nos dois sentidos para avaliar os danos e riscos. Após algumas medidas emergenciais, a Sinfra/MT pediu ao órgão responsável a dispensa do licenciamento ambiental para o projeto de contenção da rocha que estava desmoronando.
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Salustiano Soares 23/08/2024
Essa obra de retaludamento é a pior opção existente e nunca deveria ter sido autorizado pelo governo do Estado, e muito menos permitido pela assembléia legislativa, câmara dos vereadores de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, além do judiciário e MPE, vão destruir um dos mais belo cartão de visita da baixada cuiabana além de configurar um crime contra um patrimônio histórico da humanidade.
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