Conhecido como “Mês da Tulipa Vermelha”, abril é dedicado à Conscientização do Parkinson, doença neurodegenerativa, crônica e sem cura. Ela afeta principalmente pessoas com idade avançada, mas pode estar ligada a falta de dopamina e acometer pacientes mais jovens.
Em entrevista ao , a neurologista Heloise Helena de Figueiredo Siqueira, explica que os principais sintomas são a lentidão para realizar suas atividades cotidianas, associada ao tremor e certa a rigidez nos membros.
“A doença de Parkinson é degenerativa, ligada ao envelhecimento de uma área do cérebro, onde é produzida uma substância chamada dopamina. E conforme morre as células dessa região, o indivíduo passa a produzir menos dopamina e com isso começam a apresentar os sintomas da doença de Parkinson”, pontua a médica.
Sem cura ainda, é utilizado um tratamento com medicações para melhorar a lentificação, o tremor e a rigidez. Aliado a este há o tratamento de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, para que o paciente aprenda a utilizar novas formas de caminhar, de se levantar, de engolir, até de falar.
“A idade é um fator bastante determinante, porque a gente sabe que a frequência da doença de Parkinson aumenta com os anos. Então, indivíduos com mais de 55 anos estão mais predispostos a apresentar a doença. Porém, ela não é exclusiva desses pacientes, porque existem as formas juvenis ou precoces registradas em pessoas entre 35 a 40 anos”, esclarece.
A médica explica que, às vezes, algum outro medicamento pode inibir a produção de dopamina no cérebro, podendo causar sintomas de Parkinson.
“Quando o paciente apresenta alguns sintomas, nós buscamos informações a respeito de uso de algumas medicações que inibem ou bloqueiam a ação da dopamina e que pode, por causa disso, produzir um quadro semelhante à doença de Parkinson. Nestes casos, é recomendável que a medicação seja trocada ou interrompida por cerca de 6 meses para constatar se este é um caso de parkinsonismo secundário ao uso de medicação”, pondera.
Apesar da inexistência de cura, alguns hábitos ajudam na prevenção da doença. Manter dieta saudável, fazer atividades físicas e rotina de leituras podem reduzir as chances de desenvolvimento do problema.
“Uma dieta rica em sal acaba aumentando a chance de pressão alta, de derrame no cérebro e, consequentemente, aumentar as chances de doença de Parkinson. Outro fator importante é a prática de atividade física regular, porque isso vai minimizar os efeitos do etarismo e da senescência nesse cérebro. Por fim, o hábito de leitura, atividades intelectuais e sociais também são importantes, para o que indivíduo tenha liberação de substâncias, como serotonina e endorfinas, essenciais para um envelhecimento saudável”, finaliza.
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