O observatório da Marinha do Brasil que monitora o nível do rio Paraguai em Cáceres (217 km de Cuiabá) chegou ao menor nível registrado em 2024 nesta segunda-feira (26). Conforme apontado, o afluente atingiu a marca de 41 centímetros, a pior do ano.
Segundo os dados coletados pelos militares, o rio enfrenta queda constante no mês de agosto. Por exemplo, na comparação com o dia 1º deste mês, que a medição registrou 59 centímetros, o número teve queda de mais de 18 centímetros, ante o registrado nessa segunda.
Com o cálculo aritmético dos registros de todo o mês, a média do nível do rio ficou em 50 centímetros.
Sem previsão de chuvas para esta semana, a tendência é que o cenário fique ainda pior nos próximos dias da reta final de agosto. Setembro, conhecido como um dos meses mais quentes em Mato Grosso, poderá, com isso, bater novos recordes de calor.
A baixa no nível dos afluentes pode não somente impactar no fornecimento de água potável aos municípios de Mato Grosso, como também causar graves impactos à fauna e flora regional.
Pelo menos quatro municípios já decretaram situação de emergência devido à seca, enquanto várias partes do Estado queimam com a ascensão das queimadas florestais e urbanas.
Rio Cuiabá
Na semana passada, o rio Cuiabá registrou o nível de 85, no perímetro da capital, de acordo com dados divulgados pela Defesa Civil do município. No mesmo período do ano passado, a marca estava em 1,25 metro, o que sinaliza uma redução de 40 centímetros, comparando agosto de 2023 a agosto deste ano. Segundo dados do observatório da Marinha, o registro é o pior do ano.
A Capital e todo o Estado enfrentam, com antecipação, um período de seca severo, o que está impactando no nível dos rios. Conforme dados do site da Marinha do Brasil, o nível registrado é de 93 centímetros nesta terça, na Capital.
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