Relatório produzido por especialistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) identificou diversos pontos de risco que foram ignorados pelo Governo estadual durante as obras emergenciais no Portão do Inferno, na MT-251, expondo a população e visitantes a riscos ainda maiores, devido ao ponto de parada ser exatamente onde existe risco de queda de bloco.
“O fluxo de veículos na MT- 251 entre a Casa do Mel e a Salgadeira está sendo controlado pelo pare e siga, instalado nos dois pontos citados. Porém, cabe alertar que nas proximidades da Casa do Mel, na curva da Mata Fria, os veículos e trabalhadores ficam aguardando a liberação do fluxo em um ponto com risco de quedas de blocos”, diz trecho do relatório.
O documento é assinado pelos geólogos Caiubi Emanuel Souza Kuhn e Flavia Regina Pereira Santos, pelo engenheiro civil e de Segurança do Trabalho, Renan Rodrigues Pires, e pelo geógrafo Cleberson Ribeiro De Jesuz. O relatório foi feito por meio de um convênio entre a Prefeitura de Chapada dos Guimarães e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Ainda de acordo com o estudo, a estratégia do governo fez com que o risco de desastre fosse ampliado, focando apenas na região do Portão do Inferno. Além disso, também aponta risco nas viagem “de comboio”, pois reduz a capacidade de respostas dos motoristas caso ocorra a queda de algum bloco.
“Alguns carros ficam aguardando a liberação para seguir viagens exatamente em um ponto onde pode ocorrer quedas de blocos, ou seja, o tempo em que esse veículo ficará situado em uma área de risco será superior ao tempo que ficaria caso seguisse viagem. Ao seguir viagem em comboio, com carros muito próximos um ao outro, a capacidade de resposta do motorista para parar ou acelerar o veículo fica limitada em caso de quedas de blocos, sendo assim, mais fácil um veículo ser atingido por um bloco”, diz outro trecho do documento.
Nas considerações finais, o relatório ainda diz que é possível a retomada do trânsito. “Os estudos realizados neste trabalho sobre a escarpa inferior e sobre a ponte do Portão do Inferno, indicam que o local necessita de vistorias periódicas, porém no cenário atual não apresenta risco iminente de ruptura que possa afetar o viaduto. Desta forma, é possível a retomada de trânsito de veículos, entre eles ônibus e caminhões de até 12t de peso bruto total do veículo”, diz o texto.
Para tal análise, o corpo técnico considera o volume médio de tráfego que ocorre normalmente entre as cidades de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, para qual a ponte foi dimensionada. “Somente será necessário a adoção de pare e siga ou a interdição da via em caso de desenvolvimento de obras. É imperioso lembrar que a avaliação e acompanhamento de uma ponte de cinquenta anos de idade deve ser realizada frequentemente, tanto pela idade dos materiais constituintes quanto por eventos pontuais que possam danificar a estrutura da ponte”, conclui o relatório.
Repercussão
Após a divulgação do documento, obtido em primeira mão pelo VG Notícias, por meio da Lei de Acesso à Informação, a população de Chapada dos Guimarães passou a usar as redes sociais para exigir a abertura total da estrada.
Profissionais do Turismo, setor de pousadas, bares e restaurantes, bem como membros do Conselho Municipal do Meio Ambiente procuraram o Alô Chapada e manifestaram indignação com a situação em que toda a sociedade foi exposta e cobram um posicionamento das autoridades.
Procurado pela reportagem, o prefeito de Chapada, Osmar Froner, disse que na semana passada participou de reunião na Sinfra para tratar da flexibilização do trânsito no Portão do Inferno. “Colocamos a necessidade de liberar tráfego para veículos utilitários e passeios com carga maior. Mas, ainda existe muita resistência”, disse Froner.
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KATIA APARECIDA POMPEO PIMENTA NEGRI 25/06/2024
Chega de calma, já são 7 meses de prejuízo, quem vai nos devolver tudo o que perdemos nesse tempo. As chuvas acabaram, não tem motivo de continuarem com essa palhaçada. Deixem as pessoas trabalharem!!!
Mavenier Benedito Arruda E Silva 25/06/2024
Hoje temos tantas tecnologias de construções elevadas . Que poderia pensar em construir uma ponte antes do portão do inferno, que possibilitaria o acesso sem passar pelas encostas dos paredões. E só pegar um engenheiro bom que saiba desenvolver o projeto para construção dessa ponte aérea sobre o portao do inferno. De toda forma vai ter que mexer, e melhor opção, pensando no futuro e na segurança de que usa essa rodovia. E melhor construir uma ponte, do que fazer um projeto que poderá futuramente trazer outro transtorno aos usuários desta rodovia. De toda forma vamos mexer com a natureza, só que com a contrição da ponte será uma vez só. Com isso conserva-se os paredões rochosos e isola esse trajeto que passa próximo ao paredão.
André 25/06/2024
Tudo culpa do Mauro Mendes e Cia , que querem atrapalhar a parquetur , fracassaram na estadualização e colocaram a população contra a ICMBio....tudo pra atrapalhar o processo de concessão desse parque.
Juscelim 25/06/2024
Não justifica mais o PARE E SIGA,as chuvas não tem mais, não tem obras no local, não entendo o por que da situação atual, policiais parados,viaturas paradas e bandidos cometendo obsurdos tanto em Cuiabá quanto na Chapada.
Marco Teixeira 25/06/2024
E pensar que tudo isso estaria resolvido para sempre com a construção/pavimentação da MT 030...
Luís Fernando Neris 25/06/2024
Há 200 milhões de anos já existia os morros de arenito do portão do inferno, justo agora no governo do atual, corre se o risco de cair, tá de brincadeira professores e doutores em criação do universo.
Dsilva 25/06/2024
Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário.
Gisele de Freitas Carvalho Pousada da Gi 25/06/2024
Esse foi o circo armado pelo governador para tentar conseguir o parque para ele.... Está visualizando o parque ele poderia ficar tranquilo quanto ao seu garimpo próximo... Tá na hora de parar com isso Mauro Mendes toma vergonha na sua cara
CONDUTOR 25/06/2024
ALEM DISSO, TEM OUTRO PERIGO QUE NÃO FOI COLOCADO NESSE ESTUDO....PRA QUEM VAI DE CHAPADA PRA CUIABA, FICA PARADO NO PARE E SIGA, CORRE UM GRANDE PERIGO, POIS ALEM DE SER UMA DESCIDA, OS VEICULOS DESCE EM ALTA VELOCIDADE, SE UM VEICULO QUE ESTEVIR DESCENDO ACABAR OS FREIOS OU O MOTORISTA PASSAR POR DESPERCEBIDO E NÃO CONSEGUIR PAR VAI SER UMA GRANDE TRAGEDIA ANUCIADA, VAI BATER NOS CARROS QUE ESTÃO PARADO, POIS O LOCAL NÃO TEM VISÃO.
Vilidiana Moraes Moura 25/06/2024
Outro absurdo é não liberarem carretinha de pequeno porte \"vazia\" passarem, uma vez que dois carro em comboio é até mais pesado. Não entendo essa proibição, pois nos colocam em risco passando por uma via (água fria) em péssimo estado de manutenção, muitos km e tempo a mais e também risco de roubo por ser um lugar deserto. QUE SEJAM FREXIVEIS PARA LIBERAREM CARRETINHA VAZIA, POIS NÃO VEJO JUSTIFICATVA PARA ESSA PROIBIÇÃO.
Vicente Morira 25/06/2024
Quero aqui Simplismente expor o meu ponto de vista e a minha revolta com essa \"PALHAÇADA\". A população chapadense e cuiabana de uma forma geral parece que aceitou essa situação, o que eu tenho visto é uma calmaria e aceitação como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, teriamaos que \"peitar\" esses irresponsáveis que sem pesar os prós e contras simplismente impuseram essas regras, Não sou a favor de vandalismo, mas penso que ja passou da hora de juntarmos umas 200 pessoas e decer até la e retirar aquelas barreiras e liberar o tráfego normalmente, hora bolas, as pessoas correm muito mais riscos de sofrer um acidente passando por outra estrada alternativa do que ser atingido por uma pedra que pode despencar do paredão. Pessoalmente sou prejudicado financeiramente por essa situação, pois sou músico e não posso passar por ali com meu som na carroceria, assim meus eventos de finais de semans em restaurantes, bares e festas particulares eu não posso fechar contrato. Vamos pra cima gente isso ja deu!!!
Raimunda,souza 25/06/2024
Os responsáveis devem tomar decisões seguras, para a Segurança da Sociedade ,depois da grande Celeuma do Portão do Inferno. Claro que e necessário ,nova alternativa para amenizar ,a carga sobre uma estrutura que tem 50 anos. Inovações com Segurança que seja breve , para recuperar a autoestima da Sociedade Chapadadense
12 comentários