Terreno localizado próximo a saída para Campo Verde, entre os bairros Nova Chapada e Mirantinho, foi transformado em um verdadeiro lixão de ferro velho. O espaço está totalmente ocupado por ferragens de itens espalhados. No local, podem ser vistos pedaços de carros abandonados, quadros de bicicletas, partes de motocicletas, máquinas de lavar, pneus, peças de veículos, diversos materiais que podem ser usados como criadouros do mosquito.
A situação é antiga e tem incomodado moradores da região, que já relataram a situação na Prefeitura Municipal, pedindo a retirada de todo o “ferro velho”.
Moradores procuraram o Alô Chapada para denunciar o caso, temendo doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, zika vírus e chikungunya –, que se prolifera em locais com água limpa e parada.
De acordo com a vizinhança, a real propriedade da área é um mistério, o que estaria dificultando a notificação. Por meio de rede social, a sobrinha da morada da casa ao lado do terreno pediu ajuda.
“Vim aqui fazer uma reclamação no grupo da cidade, em nome da minha tia. Ela mora nessa casa verde murada e ao lado estão fazendo de lixão, saída para Campo Verde. O esposo dela foi até a prefeitura falou com o IRINEU, que se diz responsável por essa área, porém foi informado que não se sabe quem é o dono pois o lote foi vendido. Foram lá, foi feita a notificação e nada. Todos os dias pela manhã tem um senhor que leva lixo pra esse lote. Questionei quem mandava e o senhor bruscamente respondeu que só estava cumprindo ordens e não quis nos informar quem era o dono ou porque estava fazendo aquilo de lixão”, disse Naine Alves, em rede social.
Naine segue o post, relatando o aparecimento de animais peçonhentos, devido ao acúmulo de lixo. “Não se sabe se o dono tem ciência disso ou não, porém não sabemos o que fazer mais para resolver, afinal todo dia aumenta mais, e sabemos que lixo acumulado é sinônimo de insalubridade, animais peçonhentos e que transmitem doenças. Alguém pode me ajudar?”, clamou.
Procurado pela reportagem, o secretário de Obras de Infraestrutura de Chapada dos Guimarães, Luis Carlos Freitas, informou que o município está ciente da situação e busca notificar o proprietário para promover a retirada do lixo.
Na manhã desta quinta-feira (14), a reportagem do Alô Chapada foi até o local e constatou que o lixo, de fato, ocupa toda a área do terreno, violando a Lei 12.305/2010.
Veja o VÍDEO:
A Lei é 12.305/2010 é conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os resíduos de sucata comuns como metais ferrosos e não ferrosos (exceto metais pesados), são considerados como resíduos não perigosos, ou seja, de baixo risco de dano ambiental.
Empresas que produzem este tipo de resíduos podem comercializá-los livremente com associações de catadores e centros de reciclagem. Contudo, deve haver um controle dos materiais que deixaram a empresa, bem como de seu destino.
A lei proíbe o descarte indiscriminado permanente dos materiais em terrenos, rios, lagos e nos mares. Ainda que as localidades utilizadas para descarte sejam de propriedade da empresa, não poderá haver o descarte nestas condições. O correto será a destinação para um centro de triagem e reciclagem.
Entre no grupo do Alô Chapada no WhatsApp e receba notícias em tempo real
Cassia Paula 20/09/2023
Trabalho com materiais descartados, tipo essas antenas parabólicas, se alguém quiser descartar, eu aceito doações e compro também.
1 comentários