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SITUAÇÃO EXTREMA

Com pressão de facção, lojistas sofrem depressão e cogitam tirar a própria vida, revela delegado

Delegado contou que diversos comerciantes têm sofrido forte repressão em áreas de atuação do Comando Vermelho em MT

Do Leia Agora

O delegado Antenor Pimentel, da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da região metropolitana de Cuiabá, contou que diversos comerciantes têm sofrido forte repressão em áreas de atuação do Comando Vermelho (CV), em cidades de Mato Grosso. As vítimas de extorsão alegam problemas de depressão e até tentativas de atentar contra a própria vida, diante do cenário de pânico gerado pelo avanço do crime organizado.

“Eu sei que não é só Várzea Grande. Ali, no atendimento direto às vítimas, nós vimos vítimas com depressão, vimos vítimas que fecharam o comércio, que diz que pensou em se matar, que diz que comprou uma arma para se defender e pensou em se matar. Então, essa é a situação extrema da extrema”, frisou o policial.

A fala foi feita em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (10), em meio a diligências da 'Operação A César o que é de César', deflagrada pela Draco. A ação cumpriu mandados de prisão, buscas e investiga sequestro de bens e bloqueios de contas de investigados por extorsão, a serviço de uma facção criminosa, contra comerciantes em Várzea Grande.

Na sequência, o delegado explicou a capilaridade da facção em termos de atuação e domínio em determinadas regiões, que vai além do monopólio do tráfico de drogas, mas em ameaças diretas à população, que acaba sendo obrigada a seguir as ‘diretrizes’ impostas por determinado grupo criminoso com o pagamento de taxas e demais imposições.

“O tráfico já é uma coisa dominada por facção. A lavagem por meio de laranjas com empresas de fachada já é uma coisa comum da facção. Agora, a extorsão é a gota d’água”.

Por fim, o policial lamentou a situação, mas destacou que a delegacia dará prioridade no combate às facções. Ele também criticou a ‘brandura’ das penas contra as organizações criminosas, salvo, por acusações por extorsão.

“A nossa legislação quando fala em facção criminosa a pena é muito branda. O trabalho investigativo geralmente demora mais que o tempo que o cara fica preso, como ocorre em crimes relacionados à lavagem de dinheiro. A extorsão, não. É um dos crimes mais graves do código penal. Somado a várias vítimas, isso soma as penas e todos os autores, a pena pode chegar a 100, 150 anos. É um tipo de resposta difícil de chegar a todos, mas aos que chegarem, espero que tenham penas bem duras”, ponderou.

 

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