Cerca de 9% da população cuiabana possui diagnóstico de diabete, como mostra Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Atingindo homens, mulheres e crianças, esta é uma doença silenciosa e que deve ser analisada com atenção.
No total, existem 4 tipos de diabete. A tipo 1 é hereditária caracterizada pela não produção ou pouca produção de insulina pelo pâncreas. A tipo 2 é a mais comum e ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou não a produz em quantidade suficiente.
A diabete insípido, que é um tipo raro que não está relacionado à insulina, mas sim ao equilíbrio de água no organismo e a diabete gestacional, que ocorre durante a gravidez, geralmente devido ao ganho rápido de peso.
Porém, muitas pessoas podem sofrer com sintomas da diabete, sem saber que está de fato com doença. A endocrinologista Mariana Ramos explica que mesmo que muitas pessoas sejam assintomáticas, sinais como muita sede, urina excessiva, fome constante, cansaço, visão embaçada, cicatrização lenta e infecções devem ser vistos como um alerta para o desenvolvimento da doença.
“Pessoas com histórico de diabete na família têm maior probabilidade de desenvolver a doença. A predisposição genética aumenta o risco, mas fatores como obesidade e má alimentação também contribuem. As crianças também podem desenvolver a doença. O que se vê hoje em dia são menores com diabete tipo 2 devido ao aumento da obesidade infantil e sedentarismo”, explica.
A profissional conta que para se prevenir a doença é necessário alguns alimentos principais como açúcar (como doces, refrigerantes, sucos), reduzir o consumo de carboidratos (como pão, arroz, massas, farinhas), alimentos processados com alto teor de açúcar e gorduras saturadas, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo. A falta de atividades físicas também dificulta o controle glicêmico.
A endocrinologista alerta para que adultos com mais de 35 anos façam rastreamento para diabete mellitus tipo 2.
“A diabete é uma doença séria e pode causar complicações graves se não for bem controlada. Ela aumenta o risco de problemas no coração, de AVC e pode causar danos aos rins, olhos, nervos e aumenta o risco de amputações. Por isso, o controle da glicose é fundamental para evitar estas complicações”, explica.
Ela enfatiza que a diabete não tem cura, mas que os pacientes conseguem controlar a doença com um estilo de vida saudável e, por vezes, com insulina.
“Uma pessoa com pré-diabete pode retardar ou até mesmo prevenir o desenvolvimento, com mudanças no estilo de vida, dieta saudável e atividades físicas regulares. Já pacientes com diabete tipo 2 podem controlar a doença de forma eficaz e até alcançar níveis de glicose próximos ao normal, mas não se pode falar em cura definitiva. Os diagnosticados com tipo 1 conseguem fazer o controle com uso de insulinas e um estilo de vida saudável”, finaliza.
No site https://diabetes.org.br/calculadoras/findrisc/ está disponível uma calculadora que avalia o risco de desenvolver diabetes.
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