Sai do meu dormitório sentado na cadeira de rodas com a minha cuidadora.
Na garagem o meu filho me aguardava com a sua caminhonete de porta-malas espaçoso.
Escolhi o elevador de serviço para descer.
Logo que iniciou a descida, faltou energia elétrica no prédio onde moro no 20º andar.
Foram momentos horríveis, pois sofro de claustrofobia.
O gerador dos elevadores funcionou, e ele estava parado em frente à parede, entre um andar e outro.
Quando a energia foi suficiente para o elevador continuar a sua ‘viagem até o subsolo’, ele parou em todos os andares.
A cuidadora alojou a cadeira no fundo da caminhonete, e meu filho dirigiu até à seção eleitoral, e eu ao seu lado.
Chegamos ao local destinado para votar para prefeito de Cuiabá, e a ‘operação’ para retorno à minha cadeira de rodas, foi realizada com sucesso.
As minhas três cuidadoras são muito eficientes para esse trabalho.
Sem rampas, público pequeno e educado, logo cheguei à minha seção para votar.
Apresentei à mesária o meu título de eleitor e a minha carteira de identidade.
Em seguida foi me pedido impressão digital.
Avisei que com a idade avançada essas linhas vão desaparecendo.
A mesária iniciou à colher minhas impressões digitais pelo polegar direito, e insistiu por três vezes com o indicador direito, sem sucesso.
Nesse caso digitaram a data do meu nascimento.
Um dos mesários que a tudo assistia comentou comigo que eu era o eleitor ‘mais jovem’ daquela seção eleitoral.
Retruquei dizendo que por onde passo, esse ‘fenômeno da minha idade’, se repete.
A votação na urna eletrônica não demorou trinta segundos.
Fiz o retorno até a caminhonete do meu filho, e logo cheguei à garagem do meu prédio, já com energia elétrica.
Descansei até às 16 horas com as aberturas das urnas das cidades com segundo turno.
Se o jogo do Botafogo com o Bragantino no sábado, foi ‘superemocionante’ e com final feliz, espero o mesmo ‘estresse’ com o resultado da eleição para prefeito de Cuiabá.
Que o vencedor seja o melhor para o futuro da nossa querida cidade.
*Gabriel Novis Neves é é médico, fundador e ex reitor da UFMT
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