O juiz corregedor prisional Geraldo Fidelis defendeu sua decisão de transferir o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis de volta para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães.
Em entrevista à rádio Vila Real, nesta terça-feira (29), Fidelis afirmou que a presença de Almir na Penitenciária Central do Estado (PCE) traria risco de rebelião.
O ex-militar está preso desde o dia 13 de agosto pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon, em Cuiabá.
“A PCE é a maior unidade do Estado. [Ele estar] inserido o Raio 8, que é de maior segurança, onde está a cúpula de uma das facções que opera no Estado, seria ensejar azo a uma possível insurgência”, afirmou.
“É verdade que o Estado toma conta, administra e tem controle da unidade, mas por que faria isso? Colocando em risco vidas lá dentro, se tem uma unidade comum que pode guardar essas pessoas para cumprir a pena completamente”, completou.
Na semana passada o acusado havia sido transferido da unidade de Chapada para a PCE após uma notificação do Ministério Público Estadual contestando uma portaria que garante prisão especial para ex-policiais militares.
No entanto, ao determinar a volta do ex-militar para a Cadeia Pública de Chapada, Fidelis afirmou que a unidade não é especial, mas sim uma penitenciária comum.
O juiz reforçou a defesa em sua decisão e explicou que a unidade prisional não traz nenhum benefício a Almir por ele ser ex-militar, apenas separa o acusado de presos comuns, para evitar conflitos.
“Por que colocar uma pessoa que envergou farda, assim como, por exemplo, um magistrado, um promotor, alguém que trabalhou na área de Justiça ou um repórter policial, em área comum? A gente sabe o que vai acontecer com essas pessoas”, disse.
“O Estado entendeu por bem ter uma unidade específica para guardar essas pessoas, que vão cumprir com as mesmas regras de um preso comum. Não tem nada de especial, nenhuma regalia, é cadeia neles. Literalmente”.
* Com informação MídiaNews
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