A escritora e jornalista Marina Colasanti morreu, nesta terça-feira (28/1), aos 87 anos, em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Autora de mais de 70 livros tanto para crianças quanto para adultos, Marina Colasanti publicou primeiro livro, Eu sozinha, em 1968. Filha de italianos nascida na Eriteia, na África, em 26 de setembro de 1937, veio para o Brasil, em 1948, aos 11 anos. Foi como jornalista, nos anos 1960, que deu os primeiros passos como escritora.
Marina também era tradutora e traduziu importantes obras internacionais, entre elas A Pequena Alice no País das Maravilhas (Lewis Caroll, 2015) e as Aventuras de Pinóquio (Carlo Collodi, 2002). Ela também foi entrevistadora programa Sexo Indiscreto e Olho por Olho, ambos da TV Tupi, além de ter sido editora e apresentadora do noticiário Primeira Mão, também na TV Tupi.
A informação da morte foi confirmada ao portal g1, pelo Parque Lage, na Zona Sul do Rio, onde ocorrerá o velório nesta quarta-feira (29/1). O Correio contatou a instituição e aguarda uma resposta.
Em entrevista ao Correio, em 2017, falou sobre o exercício profissional da escrita. "Meu instrumento de trabalho primeiro é o olhar: olho e comparo, olho e analiso, olho e chego perto. Gosto muito de olhar o pequeno, gosto de olhar aquilo que as pessoas não estão reparando."
À época, ela comemorava os 80 anos e também comentou sobre o envelhecimento e a finitude da vida. "O medo do desamor, da morte, isso nasce com o ser humano. Estão sempre ali, mas são menos visíveis do que um pé de sapato sozinho, ao pé da cama, que é uma coisa que acontece com qualquer criança", afirmou a escritora.
Em 2023, Marina foi vencedora Prêmio Machado de Assis, o mais antigo e importante prêmio literário do País, tornando -se a 10ª mulher a conquistar a premiação.
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