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Geral Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 14:30 - A | A

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AGRONEGÓCIO

Mato Grosso acelera semeadura de soja para safra 2024/25, mas pressões externas e internas mantêm alerta no setor

Do VGN Notícias

Mato Grosso registrou na última semana um avanço acelerado de semeadura, o maior já visto no estado. O plantio da safra 2024/25 chegou a 55,73% da área estimada até o dia 25 de outubro, com um crescimento semanal de 30,65 pontos percentuais, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Essa rápida progressão é atribuída às condições climáticas favoráveis, à eficiência do parque de máquinas no estado e à urgência dos produtores em cumprir a janela ideal para a segunda safra, a qual pode ser impactada por fatores climáticos e econômicos.

Apesar desse avanço significativo, o ritmo da semeadura ainda está 14,32 pontos percentuais atrás do mesmo período do ano passado e 6,59 pontos abaixo da média dos últimos cinco anos. A região Médio-Norte lidera o plantio, com 73,97% da área estimada já semeada, evidenciando o esforço dos produtores para manter a produtividade frente aos desafios que o setor enfrenta.

A realidade do mercado global também se reflete nos preços e nas expectativas da safra. Nos Estados Unidos, a colheita da safra 2024/25 avançou rapidamente, com 89% da área colhida até o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Esse ritmo, 11 pontos percentuais à frente da média dos últimos cinco anos, e a previsão de uma produção recorde de 124,7 milhões de toneladas geram um impacto nos estoques finais, que devem alcançar 14,97 milhões de toneladas – o maior nível em sete anos. Esse cenário, de ampla disponibilidade de soja no mercado americano, tende a manter os preços pressionados, influenciando diretamente o mercado brasileiro.

No entanto, a elevação do dólar, que fechou a última semana a uma média de R$ 5,70, vem contribuindo para manter os preços internos da soja relativamente sustentados. Em Mato Grosso, o preço da saca de soja no Cepea atingiu R$ 142,88, um aumento semanal de 3,10%, enquanto o indicador do Imea registrou R$ 133,51. Essa valorização está diretamente ligada à baixa oferta local, o que aumenta a competitividade do produto mato-grossense frente ao cenário internacional.

As condições climáticas em Mato Grosso têm sido favoráveis para o avanço da semeadura, mas o setor ainda depende das chuvas para garantir um desenvolvimento ideal da lavoura. A previsão do NOAA aponta que a maioria das regiões de Mato Grosso deverá receber entre 25 e 45 mm de chuvas nos próximos sete dias, o que deve beneficiar o progresso do plantio.

Entretanto, a alta do dólar também traz desafios no custo de produção. Insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, que são majoritariamente importados, ficam mais caros, pressionando a margem de lucro dos produtores. Além disso, o transporte de grãos, que depende dos preços de combustíveis e frete, também se mantém em patamares elevados, o que aumenta a complexidade da operação para os sojicultores de Mato Grosso.

 

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