Mato Grosso registrou alta de 8% no número de mortes violentas intencionais (MVI), em 2023, quando foram registradas 1.159 mortes, contra 1.072 registros em 2022. O Estado é o único que apresentou crescimento, segundo revelou o estudo Cartografias da Violência na Amazônia do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O crime organizado é uma preocupação crescente em Mato Grosso. Em 2024, adquiriu características de crise, tendo como pontos de destaque a troca de comando da PM e a intensificação do combate ao crime organizado por meio do programa 'Tolerância Zero'. O estudo também revelou que no Estado existem a atuação de quatro facções criminosas, sendo o Comando Vermelho (CV) que mantém hegemonia, Primeiro Comando Capital (PCC), Tropa Castelar e o Bonde dos 40.
Mato Grosso também corresponde a boa parte da faixa de fronteira que o Brasil tem com a Bolívia, um dos três principais países produtores de cocaína do planeta, o que torna esta região relevante para a cadeia do narcotráfico, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
Os municípios com maiores taxas de mortes violentas intencionais localizam-se na faixa norte do estado, justamente o local onde o conflito entre CV, Castelar e PCC se intensificou. São os casos de Nova Santa Helena, com a maior taxa trienal de MVI no estado, com 102,3 vítimas a cada 100 mil habitantes e Aripuanã, com a quarta maior taxa com 91,4/100 mil.
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