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Opinião Quinta-feira, 01 de Agosto de 2024, 09:20 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2024, 09h:20 - A | A

ONOFRE RIBEIRO

O nosso aeroporto e nós

ONOFRE RIBEIRO

Em 2025 e deverá começar a operar como internacional, o Aeroporto Marechal Rondon. Considerando o estágio atual e dos próximos anos da economia dos intercâmbios comerciais de Mato Grosso com a região latina, o tema merece uma melhor avaliação.

Na década de 1980 já houve uma experiência de operação como aeroporto internacional. Havia um começo de discussões sobre a integração de Mato Grosso com a América do Sul do Pacífico: Bolívia, Chile, Paraguai. Argentina, Peru, principalmente. A economia de Mato Grosso justificava olhar nessa direção. O assunto foi iniciado pelos irmãos José Márcio de Lacerda, José Lacerda e Pedrinho Lacerda. Até o governo Dante de Oliveira, entre 1995 e 2002, o assunto evoluiu muito. Depois foi esquecido porque não é viável exportar grandes cargas de grãos, por exemplo, entre Cáceres e o Oceano Pacífico. Os Andes não permitem.

Mas o sonho de integração do Mato Grosso de hoje com aqueles países e só uma questão de tempo e por outras vias rodoviárias, como a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade, por exemplo.

Em 1980 a empresa LAB – Loyd Aereo Boliviano, manteve por quase um ano uma linha diária entre Cuiabá e Santa Cruz De La Sierra. Um avião Boeing 707, para 105 passageiros, saía todos os dias e voltava a Cuiabá. Quase sempre voava cheio. O custo era complementado por cargas destinadas a atender à grande demanda da Bolívia. Trazia alguns produtos de lá com aceitação em Mato Grosso.

A ligação foi interrompida porque a Receita Federal colocou todas as dificuldades possíveis e imaginárias. A velha burocracia mostrando a sua cara burra. Na verdade, o volume de passageiros tinha vários destinos. Um, eram os negócios em Santa Cruz. O agronegócio brasileiro estava ocupando parte do território de Santa Cruz. Gerava bom fluxo de negócios. Outra parte dos passageiros, destinava-se à Europa e Estados Unidos. A partir de Santa Cruz o preço das passagens era muito mais barato e as conexões mais fáceis.

Do ponto de vista de integração econômica de produtos, de turismo e da importação de bens a partir do Pacífico, estamos falando de uma população próxima de 50 milhões de habitantes. E os mercados são complementares.

A internacionalização do aeroporto Marechal Rondon neste momento reabre grandes possibilidades porque a economia de todos os países cresceu muito, especialmente a de Mato Grosso. Já os países de lá estão mais próximos da China e os seus portos melhoraram muito atualmente. O aeroporto Marechal Rondon foi reformado, reestruturado e ampliado. Tem a infraestrutura capaz de suportar um crescimento movimento comercial e de passageiros para o rico turismo regional daqui e de lá, e também de importação e de exportação econômica.

Deus nos proteja da burocracia da Receita Federal. No mais, tudo dará certo.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

 

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