A música raiz sertaneja embala o 17º episódio do PodCrê, produzido pelo Sistema Comércio de Mato Grosso, que ao som da viola de sete cordas, traz um dos ícones do estilo musical no estado. Pâmella Viola é a convidada da vez.
Aos 25 anos, com mais de 350 mil seguidores no Instagram, além de diversas apresentações em todo o país, junto de sua companheira de palco, Karoline, Pâmella Viola tocou sua viola, cantou e conversou com as apresentadoras Thielli Ehlert, diretora de Comunicação e Marketing do Sistema Comércio-MT, e Naiagia Vasconcelos, gerente de Comunicação e Marketing do Sesc-MT.
Pâmella contou que aos oito anos começou a cantar na Igreja, onde também aprendeu a tocar violão com a freira Olímpia, em Poxoréu. “Ela começou a me ensinar a música João de Barro e eu lembro que eu pegava com muita facilidade. E foi ela até que descobriu o meu dom. Minha mãe cantava salmos, e eu ia com ela ensaiar, e ficava batendo o dedinho no ritmo da música, exatamente. E a irmã falou para minha mãe que eu ia aprender a tocar, que eu fazia ritmo com os dedinhos certinho e era afinada”, completou.
Mas a paixão pela viola começou quando Pâmella escutou pela primeira vez o dedilhar das cortas, na apresentação de Juliana Andrade e Jucimara, quando a festa ainda não era o Encontro de Violeiros, mas sim a FeagroPox. Para ela, as coisas são de Deus, e quando Deus quer, faz.
“Falo isso porque meu pai é um homem bem caseiro e, nesse dia, era FeagroPox, mas tinha os violeiros que tocavam na concha já. Meu pai levou a gente, porque ia tocar Amado Batista, e minha mãe gostava muito. Quando chegamos lá, estava tocando Juliana Andrade e Jucimara e eu, bem pequeninha, ouvi o som do dedilhar da viola e queria saber o que era. Saí correndo no meio do povo, com meu pai atrás. Quando cheguei no topo da concha e vi elas tocando, olhei para o meu pai e disse que queria uma daquela, eu nem sabia o nome daquilo. Meu pai foi atrás para descobrir e era uma viola. Isso era num sábado. Na terça-feira, meu pai já me deu uma viola, e eu comecei a aprender. Tive dois professores, primeiro em Poxoréu mesmo, e depois em Rondonópolis. E a partir daí eu nunca mais parei”, lembrou.
No ano de 2010, já no evento nomeado Encontro de Violeiros de Poxoréu, Pamella participou do Festival Mirim, e ficou em primeiro lugar. Em 2015, ela gravou o primeiro CD, intitulado de “Parceria Perfeita” e, em 2021, o CD “Cidade Querida”, em parceria com Caroline.
Durante o programa, Pamella explicou que o fato de ter nascido em Poxoréu influenciou muito para que ela gostasse da viola e engajasse na carreira. “Poxoréu é uma cidade de grandes talentos. Eu acredito que influenciou muito. Foi lá no Encontro que me despertou a vontade de tocar a viola, e desde então, até hoje, eu estou lá, ‘batendo ponto’ na verdade. Me trouxe grandes oportunidades. Esse ano mesmo, o senhor Wenceslau Junior (presidente do Sistema Fecomércio MT) deu oportunidade para a gente abrir o show da Bruna Viola e de Mayck e Rian. Tenho muito orgulho de nascer em Poxoréu e fazer parte dessa história da viola, tenho muito orgulho mesmo”, completou.
O Sesc MT é correalizador do Encontro de Violeiros desde 2021 e, em 2022, realizou a gravação de um documentário chamado “Sons em Mato Grosso”, disponível no Youtube, que resultou em um livro com o mesmo nome, com entrevistas com diversos artistas da viola.
Pamella ainda fez uma palhinha, tocando um instrumental que segundo ela, não pode faltar no evento, e que foi um dos primeiros solos que aprender a tocar com a Juliana Andrade.
O episódio completo do PodCrê com Pâmella Viola está disponível no canal do Sesc Mato Grosso no Youtube (clique aqui – https://www.youtube.com/watch?v=_MoPNdiAbd0&t=1722s) e plataformas de áudio (Spotify/ Deezer/ Apple Podcasts/ Amazon Music/ Google Podcasts/ Castbox).
Sobre o PodCrê
PodCrê, é o podcast semanal realizado pelo Sistema Comércio MT que apresenta análises, dicas e reflexões, por meio de uma visão única sobre assuntos da atualidade que impactam diretamente a jornada pessoal e profissional, com o auxílio das vozes de especialistas, influenciadores e personalidades de Mato Grosso.
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