Documentário “Portão do Inferno: patrimônio em risco” explica porque obra de retadulamento não é a melhor opção, pois não prevê impactos socioambientais, e relata importância da rodovia na vida dos moradores de Chapada dos Guimarães.
Com direção de Laércio Miranda e Dafne Spolti e imagens do fotógrafo Mario Friedlander, o projeto foi realizado pelo Formad e Movimento de Moradores de Chapada dos Guimarães, com apoio do Observa-MT. A produção apresenta entrevistas de moradores da cidade, com diferentes profissões, explicando, cada um em sua área, todas as questões que essa obra pode acarretar. Foram ouvidos a empresária Flávia Cintra, a jornalista Andreia Fanzeres, a arqueóloga Suzana Hirooka, o geólogo Prudêncio Castro Júnior e a guia de turismo Marcia Bortoluzzi.
“Esse documentário reúne algumas dos principais apontamentos relacionadas a essa obra, assunto muito penoso para quem mora em Chapada, todo mundo com algum tipo de prejuízo, em diferentes dimensões, a depender do ofício e de outras questões pessoais que englobam a vida de cada um. A economia da cidade depende muito de Cuiabá, assim como ainda demandas de saúde, então, as pessoas estão sempre em trânsito. Observamos que existem muitas contradições do estado e dos órgãos ambientais que permitiram uma licença simplificada para essa obra. Lembrando que essa região do Portão do Inferno faz parte do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, ou seja o prejuízo ambiental e cultural é enorme”, explicou Dafne.
A MT-251 é a principal rota que liga Chapada dos Guimarães a Cuiabá. Os moradores da cidade dependem da capital tanto para abastecer suas casas e comércios, quanto para realizar consultas médicas e diversas outras demandas do dia-a-dia de cada um.
Além disso, o Portão do Inferno, região onde as obras pretendem ser realizadas se encontra dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, espaço de grande importância ambiental, que precisa ser preservado.
A proposta do documentário é dar voz a parte da população que já vem sofrendo com as alterações no tráfego na rodovia, incluindo as interdições durante o dia para a execução de obras, além dos impactos socioambientais do retaludamento e o funcionamento do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Para arqueólogos e pesquisadores, a alternativa escolhida pelo governo estadual não é viável e tem tudo para provocar enormes prejuízos.
Para assistir, acesse o canal do Formad no Youtube.
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Edson Marinho da Cruz 20/12/2024
Esta obra é de suma importância para todos que trafegam,deixem o governo trabalhar sem interrogação, senão corre o risco de um desmoronamento total, aí sim fica interditada geral
1 comentários