Lúdio Cabral, candidato pela coligação "Coragem e Força pra Mudar" (PT, PV, PCdoB, PSD e PSOL-REDE), não demonstrou pessimismo em relação à disputa do segundo turno, apesar da vantagem de mais de 36 mil votos que Abilio Brunini (PL) obteve sobre ele no primeiro turno. O petista acredita que ainda há um eleitorado de 200 mil pessoas que podem ser conquistadas para reverter a situação. Cabral, que mantém um discurso de confiança, aposta na capacidade de mobilização e convencimento de novos eleitores para tentar a virada.
Lúdio Cabral enfatizou a importância de conquistar os eleitores que votaram em outros candidatos, como Eduardo Botelho e Domingos Kennedy, além de mobilizar os eleitores que se abstiveram no primeiro turno. Ele destacou que esses grupos somam cerca de 200 mil votos, uma quantidade que pode ser decisiva para uma virada no segundo turno.
“Se eu considerar os eleitores que votaram no [Eduardo] Botelho e no [Domingos] Kennedy e os eleitores que se abstiveram, que não foram às urnas no domingo, [temos 200 mil votos]", disse.
Lúdio também afirmou que os eleitores que não participaram do pleito no dia 6 de outubro ainda podem votar normalmente no segundo turno, marcado para o dia 27. Segundo Cabral, essa nova fase da eleição "começa do zero", o que oferece oportunidades para angariar mais apoio. O desafio central será transferir a maioria desses votos para si, ao mesmo tempo em que busca impedir que migrem para seu adversário, Abílio Brunini.
"Importante, inclusive, dizer que quem não votou no dia 6 pode votar normalmente no dia 27 [data do segundo turno]. É uma eleição nova, que começa do zero”, afirmou.
O petista tem como desafio conseguir transferir a maioria dos votos que foram para Botelho e Kennedy para ele e impedir que estes migrem para o seu adversário. Os dois candidatos juntos tiveram pouco mais de 100 mil votos (88.977 de Botelho e 13.805 de Kennedy). Outra tarefa será convencer o eleitor que não foi votar no primeiro turno a sair de casa e comparecer no próximo dia 27. A Capital registrou mais de 100 mil abstenções. “Nós devemos respeito a todos os eleitores que escolheram todos os [outros] candidatos.
E eu vou dialogar com todos esses eleitores, inclusive com os que votaram no candidato que eu enfrentarei agora no segundo turno”, garantiu. Lúdio também comentou sobre o voto silencioso. O petista aparecia em terceiro lugar nas principais pesquisas e acabou indo para o segundo turno. “As minhas campanhas foram sempre campanhas discretas, campanhas respeitosas, de encontro direto com a população e o resultado expressa esse sentimento do eleitor consciente, que acompanha, que analisa as propostas, e a partir daí toma a sua decisão”, completou.
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