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ARTICULAÇÃO

Lula recebe Haddad e Vieira em semana tensa para o governo

Da assessoria
Da Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta segunda-feira (4/11) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que cancelou a viagem internacional que faria esta semana a pedido do petista. O encontro também contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Oficialmente, segundo o Palácio do Planalto, o tema da reunião é a Cúpula do G20, que ocorre no Rio de Janeiro entre 18 e 19 de novembro. Porém, a semana traz uma série de temas sensíveis e de preocupações tanto na área econômica, chefiada por Haddad, quanto na internacional, do chanceler Vieira.
A informação de que Haddad iria à Europa e que ficaria fora do Brasil por quase uma semana acabou mexendo, na última quinta-feira (31/10), com o humor dos investidores, que aguardavam o anúncio do pacote de corte de gastos que está sendo preparado pela equipe econômica. Na sexta-feira (1º), o dólar fechou o dia em R$ 5,87, segundo maior valor nominal da história.

Investidores demonstram nervosismo com a possibilidade de o pacote de gastos ser reduzido por Lula, que resiste a reduzir gastos com programas sociais do governo, saúde e educação. O mercado pressiona para que os cortes sejam amplos, e realizados o mais brevemente possível.
Também pressiona o dólar a incerteza sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que ocorrem amanhã (5).

Tanto o ex-presidente Donald Trump quanto a atual vice-presidente, Kamala Harris, têm chances de ganhar. A eleição também preocupa o governo brasileiro em caso de vitória de Trump, que pode significar um distanciamento na relação entre Brasil e Estados Unidos. O republicano é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Brasil x Venezuela
Outra tensão internacional é com a Venezuela, após escalada na crise na semana passada. O governo de Nicolás Maduro endureceu os ataques contra o governo brasileiro após veto à entrada da Venezuela no Brics. Por enquanto, a orientação é de não responder às provocações e à retirada da embaixadora venezuelana do Brasil.

Porém, a continuidade dos ataques ou nova escalada pode fazer o governo repensar a estratégia para lidar com Maduro.

 

 

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