O deputado estadual Max Russi (PSB), presidente eleito da Assembleia Legislativa de Mato grosso (ALMT), manifestou nesta quarta-feira (4) ser contrário à extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) o que para ele poderia representar o enfraquecimento do setor mineral no estado.
Além disso, ele defendeu o setor econômico como “gerador de impostos, emprego e desenvolvimento” e por isso necessitaria de estruturação. Apesar da defesa do setor, Max disse compreender a decisão do governo, uma vez que a autarquia não estaria desenvolvendo as atividades de forma eficiente.
“Não concordo. Mas não vou dizer que (o governador) errou pois realmente precisava ter um freio de arrumação”, comentou.
“A gente enfraquecer esse setor não é a solução. Se temos um problema, vamos resolver esse problema. O governo deveria ter algum setor ou política pública, algo fortalecendo e mostrando o que realmente significa a mineração. Para o desenvolvimento do nosso estado”, completou.
Russi mencionou que já fez essa cobrança pelo fortalecimento do setor diretamente ao governador Mauro Mendes (UB). E este, por sua vez, teria reconhecido a importância da mineração e dito que estudará formas de fortalecer o setor através da adjunta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que agora estará a cargo do tema.
“Espero que essa adjunta (da Sedec) possa ser fortalecida, pois da forma que estavam trabalhando antes a METAMAT não estava fazendo a sua função, e essa adjunta que já tinha dentro da Sedec também não estava fazendo a sua função”, pondereu o deputado em conversa com a imprensa.
Max reconheceu que a gestão da METAMAT não estava atendendo às expectativas, especialmente no que se refere ao seu papel na exploração e apoio à mineração. Ele concordou com a necessidade de reformas, como a reorientação da METAMAT para fortalecer o setor, mas defende que a solução poderia ser outra, como esta ter “focado” na mineração. E ainda mencionou que a empresa não estava cumprindo sua função adequadamente, como, por exemplo, no caso da perfuração de poços artesianos que não eram finalizados.
"A METAMAT não pode ser um órgão para furar poço artesiano, e nem isso fazer direito. Furava poço pela metade, não terminava o poço.”, criticou Max e ainda afirmou que continuará a acompanhar "bastante de perto" as ações no setor mineral.
O governador anunciou a extinção da autarquia no final de novembro, para otimização de recursos públicos e viabilidade econômica. E apesar da dissolução ter sido autorizada pela própria ALMT a ação do governador tem causado reação no legislativo.
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