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Geral Quinta-feira, 03 de Agosto de 2023, 10:24 - A | A

Quinta-feira, 03 de Agosto de 2023, 10h:24 - A | A

busca e apreensão

Maior investigado por devastação na Floresta Amazônica é alvo de operação da PF em MT e no PA

Segundo a polícia, já foi constatado o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta. Até o momento, os suspeitos teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras

g1-MT

Três mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta quinta-feira (3), contra um homem e seus familiares, suspeitos de invadir terras da União para desmatamento e criação de gado na Floresta Amazônica. Segundo a Polícia Federal, o suspeito é o maior devastador do bioma amazônico já investigado.

A ação é realizada durante a Operação Retomada, da Polícia Federal, nos municípios de Sinop, em Mato Grosso, e Novo Progresso, no Pará.

As investigações começaram depois que um desmatamento de quase seis mil hectares em Novo Progresso foi identificado. O inquérito policial apontou que o grupo criminoso realizaria o cadastro fraudulento junto ao Cadastro Ambiental Rural de áreas próximas as suas, em nome de terceiros, principalmente de parentes.

Ainda de acordo com a PF, as áreas seriam desmatadas e depois destinadas à criação de gado. Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio.

Até o momento, foi identificado que os suspeitos teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras. Além disso, já foi constatado o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta. Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas que abrange terras indígenas e unidades de conservação, informou a polícia.

Conforme determinação das autoridades, o suspeito líder do grupo já recebeu 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por irregularidades, e perícias da PF indicam a existência de danos ambientais na Terra Indígena Baú.

A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 116 milhões, valor mínimo estimado dos recursos florestais extraídos e de recuperação da área atingida, o sequestro de veículos, de 16 fazendas, de imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

 

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