O Brasil possuí a maior população quilombola do mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem mais de 1,3 milhão de quilombolas, distribuídos em cerca de 6 mil comunidades identificadas. Quem faz parte deste grupo é a escritora e ativista social Valneide Nascimento, que lança seu primeiro livro, O quilombo colorido.
A obra traz a história afro-brasileira para dentro da literatura infantil, e resgata as tradições e valores cultivados nestes espaços. Com uma narrativa que oferece um olhar único sobre a infância nos quilombos, ela destaca o papel dessas comunidades na preservação cultural e na formação de identidades afro-brasileiras.
“Venho de uma comunidade onde histórias eram passadas de geração em geração, sempre com amor e a sabedoria. O livro é uma homenagem a essa herança e um convite para que todos possam conhecer e se inspirar na força dessas tradições”, explica a autora, natural do Quilombo Sapê do Norte, no Espírito Santo.
O lançamento ocorreu em 25 de novembro, na biblioteca do Senado Federal, em um evento que recebeu, além do público geral, a presença de parlamentares, ativistas e educadores.
Publicado pela Editora Eiros, o lançamento tem a intenção de contribuir para o fortalecimento da luta contra o racismo, principalmente para potencializar a implementação da Lei 10639/03 nas escolas, especialmente na educação infantil. O dispositivo legal inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Sobre a autora
Valneide Nascimento dos Santos é capixaba, nascida no Quilombo Sapê do Norte, no Espírito Santo. É uma mulher negra, quilombola, escritora, ativista de movimentos sociais, graduada em administração, ciências contábeis e direito. Suas obras refletem uma trajetória de superação e compromisso com a valorização das comunidades quilombolas e a promoção da diversidade cultural.
Entre no grupo do Alô Chapada no WhatsApp e receba notícias em tempo real