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ESGOTAMENTO

Pesquisa revela as profissões com maior risco de burnout

a pesquisa do Linkedin verificou que algumas profissões são mais afetadas pelo burnout ou síndrome de esgotamento profissional. Confira!

Do Metrópoles

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn entrevistou mais de 16 mil profissionais nos Estados Unidos e verificou que algumas profissões são mais afetadas com a crescente pressão do mercado de trabalho, que levam ao burnout ou síndrome de esgotamento profissional. Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), só no Brasil cerca de 30% dos trabalhadores são afetados com a condição.

Para entender quais profissões tem mais incidência de casos e como desenvolver estratégias de prevenção, a coluna Claudia Meireles conversou com o psicólogo clínico comportamental Jayme Pinheiro Rabelo.

Trabalhos com maior índice de Burnout

De acordo com o especialista, qualquer profissional pode sofrer com o burnout, mas existe, sim, um índice maior da síndrome em colaboradores que lidam com demandas que exigem constante atenção e respostas rápidas.

“Percebemos que áreas como saúde, educação, tecnologia da informação (TI) e serviços comunitários tendem a ter mais casos de burnout por conta da característica de um trabalho que, a qualquer momento, pode ter uma reviravolta, uma demanda urgente”, alerta Jayme Pinheiro.

A sobrecarga tem alguns efeitos colaterais para quem está sofrendo com burnout. Segundo o psicólogo, a síndrome se caracteriza como um distúrbio emocional que afeta tanto a saúde física quanto a mental.

“Alguns dos sintomas atacam o emocional, então, a pessoa pode ficar mais irritada e mais estressada. Também notamos alterações e distúrbios no sono, principalmente em pessoas que trabalham adentrando o período noturno. Outro fator preocupante é em relação ao apetite, há pessoas que passam a comer mais e outras não conseguem se alimentar direito”, revela.

Para o psicólogo comportamental, o burnout também acaba esbarrando em outras esferas da vida e trazendo prejuízos além do ambiente de trabalho. “O burnout é sistêmico, porque ele vaza da esfera do trabalho e ele vai para a esfera pessoal. Então, é necessário que exista um equilíbrio desses dois espaços para que haja mais chances de melhora”, complementa.

Especialista oferece dicas para prevenção
Na maioria das vezes, as pessoas que estão envolvidas em trabalhos com muitas demandas nem se dão conta do tamanho do seu esgotamento. Para o especialista, a melhor forma de prevenir a sensação de exaustão é reduzir os danos antes de começarem a sentir os sintomas.

“Eu penso que a principal medida seja uma das mais difíceis a serem tomadas: conseguir organizar o trabalho de forma eficiente, com uma distribuição justa de tarefas e prazos realistas. O ideal é que se consiga colocar início, meio e fim nos trabalhos”, aconselha.

Ele sugere práticas que melhorem a qualidade de vida, como atividades físicas, momentos de lazer e uma boa alimentação. “A psicoterapia também pode ser uma aliada importante, ajudando o indivíduo a gerenciar melhor o tempo e a estabelecer limites”, acrescenta.

Ambiente de trabalho colaborativo

Outra medida que Jayme indica para as pessoas que estão passando por esse sentimento de esgotamento é estabelecer uma distância da vida pessoal com a profissional. “Uma boa estratégia é buscar ter um telefone apenas para o trabalho ou deixar essas atividades todas em modo avião, só para emergências”, conta.

Além disso, o especialista pede que os colegas de trabalho sejam mais cuidados uns com os outros. “É de suma importância identificar os sintomas precocemente para evitar que o problema se agrave. Dessa forma, é crucial que colegas e gestores estejam atentos a mudanças de comportamento”, afirma.

O esgotamento só atinge os trabalhadores?

Apesar de o burnout ser mais comum no ambiente de trabalho, a síndrome não é exclusiva dos profissionais.

“Não é raro encontrar estudantes, às vezes em períodos de vestibular, que estão em excesso de produção e se cobrando por objetivos muito pontuais. O burnout também pode ser sentido, inclusive, por mães e responsáveis que estão atarefadas e com altas demandas de atividades”, finaliza o expert.

 

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