A cantora Rita Lee, que morreu nessa segunda-feira (8/5) aos 75 anos, já sabia qual seria o seu epitáfio — termo que se refere às frases escritas em lápides ou túmulos.
Além de ter deixado uma profecia sobre a repercussão de sua morte em sua autobiografia, Rita também definiu seu epitáfio: “Ela não foi um bom exemplo, mas era gente boa.”
No mesmo capítulo, Rita comentou sobre como seria a repercussão de sua morte. Leia:
Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída.
Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair.
“Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk”. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los.
Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: “Thank you Lord, finally sedated”. Epitáfio: ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.
Entre no grupo do Alô Chapada no WhatsApp e receba notícias em tempo real
