Em meio a polêmica e divergência de opiniões, o desembargador Orlando Perri se posiciona favorável à instalação de câmeras nas fardas dos policiais militares de Mato Grosso. Para ele, a medida inibiria abusos e truculências e ainda daria maior segurança ao agente.
“A minha opinião pessoal é que ela é importante sim. Isso inibi a violência, muitas vezes há truculência, o exagero na ação repressiva. Então, eu vejo com bons olhos as câmeras no fardamento da Polícia Militar”, disse o magistrado nesta segunda-feira (16).
Perri admitiu que se trata de um assunto polêmico, mas ele vai mais além e defende ainda que o equipamento seja usado por agentes penais, que atuam dentro dos presídios do Estado.
“Embora isso seja uma questão muito polêmica, que provoca acirradas discussões, mas eu, particularmente, vejo com bons olhos, como vejo também o uso da câmera corporal nos agentes penais que trabalham dentro da carceragem isso é muito importante”, completou.
Apesar disso, ele afirmou que essa é uma decisão do Poder Executivo e que o Judiciário não deve se intrometer. “Cabe ao governo implantar ou não, não cabe à Justiça determinar a imposição. Judiciário não pode impor ônus ao Executivo”, finalizou.
O governador Mauro Mendes (União) por diversas vezes já se posicionou contrário à medida. Para ele, o uso de câmera nas fardas dá a sensação de que quem precisa ser vigiado é o policial, e não quem cometendo crimes.
Por outro lado, deputados estaduais, como Wilson Santos (PSD), defendem a implantação da medida. Ele, inclusive, apresentou um projeto de lei sobre o tema, que está parado na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
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