A seca extrema vivenciada em 2024 afetou diretamente os territórios indígenas Enawenê-Nawê, Parque do Aripuanã, Nambikwára, Pequizal, Vale do Guaporé, Taihantesu, todos na região da Amazônia mato-grossense. Informação foi divulgada no relatório "Amazônia à Beira do Colapso - Boletim Trimestral da Seca Extrema nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira", da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Os povos mencionados vivem nas Terras Indígenas (TI) são Enawenê-Nawê, Cinta Larga, Nambikwára, Wasusu. Contudo, segundo o documento, estima-se que mais de 90 territórios indígenas vivenciaram a seca grave, de forma específica na região Centro-Oeste e Norte do estado do Amazonas; região extremo Norte e Sudeste de Rondônia; região central de Tocantins, bem como nos limites das regiões Oeste, Norte e Sul do estado de Mato Grosso.
No Brasil, existe um mecanismo de monitoramento e gerenciamento das secas chamado monitor de secas, sendo ele um processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Brasil.
A seca extrema é um fenômeno de alta gravidade e o foco deste boletim, uma vez que sua ocorrência é prevista a cada 20 a 50 anos, e seus episódios nos anos de 2023 e 2024 de forma seguida indicam um cenário desconhecido e de imprevisibilidades quanto aos extremos climáticos que serão vividos no futuro. Vindo de um ano atípico como 2023, onde foi observado a seca recorde na Amazônia Brasileira, o ano de 2024 indica um agravamento desta seca extrema.
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