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Fechou na Neblina Quarta-feira, 26 de Abril de 2023, 08:25 - A | A

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RACHA

Botelho e Garcia e o União em apuros

Júlio aconselhou deputado a focar na sucessão de Mendes

RODRIGO MELONI

O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Campos (União), está agindo como um tipo de bombeiro dentro do partido. O experiente político tenta dissuadir o deputado federal Fábio Garcia, do mesmo partido, de se candidatar à prefeitura de Cuiabá no ano que vem.

O motivo é a candidatura do também colega de sigla Eduardo Botelho, atual presidente da AL, que já cogitou até deixar a agremiação caso Garcia não desista.

"O Fabinho deveria se preocupar em substituir Mauro Mendes na chefia do Paiaguás, essa é a saída; é muito mais fácil Botelho ficar com a vaga", disse Júlio Campos. Segundo o ex-governador, Fábio Garcia está sendo preparado para ser o próximo governador de Mato Grosso. "Ele é um garoto inteligente, simpático e preparado para ser candidato a governador. Já falei para ele parar com essa história, pois é muito mais fácil ele ser o sucessor do Mauro Mendes daqui a dois, três anos do que inventar de querer ser prefeito de Cuiabá".

Mas nada é tão simples quando se trata de política. Mesmo que negue, Mauro Mendes, outro político que faz parte do quadro do União, tem deixado claro sua preferência pelo perfil de Fábio. E isso tem provocado atrito entre os gestortes do executivo e do legislativo estadual. Apesar de serem do mesmo partido e aliados, Mauro Mendes e Eduardo Botelho são de grupos políticos com origens distintas, enquanto Garcia e família frequentam o ciclo de amizades pessoais do governador.

O presidente da AL conclama que a definição da sigla seja feita seguindo o critério de pesquisa, que o coloca como principal nome para assumir a cadeira hoje ocupada por Emanuel Pinheiro (MDB). Garcia desconversa e argumenta que outras questões devem ser levadas em conta.

Caso Mendes bata o pé e opte pela candidatura de Fabinho, a probabilidade de Botelho deixar o União aumenta. Quem sai perdendo com isso é o partido, criado em 2021 e que até agora não encontrou um meio termo que agrade tantos caciques.

 

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