Reportagem do site RD News mostra que o setor armamentista movimentou R$ 370 milhões no estado, volume que caiu para R$ 70 milhões até o momento, em 2023. A 'denúncia' foi feita pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL), com base em dados da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso.
Outra informação do parlamentar é a de que as restrições impostas ao setor fizeram com que 500 postos de trabalho fossem fechados. Esses dados foram apresentados no debate sobre o novo decreto com regras mais restritas para registro, posse e porte de armas de fogo. Na ocasião, Cattani disse que irá “lutar com todas as forças para que o setor não seja eliminado”. Ele preside a Frente Parlamentar da Segurança Pessoal no legislativo estadual.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom na ofensiva contra o segmento armamentista ao defender o fechamento de “quase todos” os clubes de tiro do país. A declaração vai além do previsto no decreto assinado pelo próprio chefe do Executivo, que já trazia restrições ao funcionamento desses espaços.
Estatuto do Desarmamento, implementado em 2003, diminuiu a taxa de homicídios de 21,4% para 0,3%. Até o ano de 2003, a população brasileira tinha fácil acesso as armas. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que de 1995 até 2003, ano de criação do Estatuto do Desarmamento, a taxa de homicídio cresceu 21,4%. Nove anos após a implementação do Estatuto, a taxa caiu para 0,3%. De acordo com o Instituto, entre 2004 e 2012 mais de 120 mil pessoas tiveram suas vidas poupadas por conta do desarmamento*.
Os Estados Unidos são o país em que mais civis possuem armas de fogo. De acordo com uma reportagem da BBC, os EUA possuem a maior taxa de homicídios com arma de fogo do mundo. Somente em 2016 foram mais de 11 mil assassinatos.
Especilaistas de diversos setores apontam que o afrouxamento da venda de armas de fogo causa mais prejuízos que benesses à economia. O uso de armas de fogo no Brasil tem um alto custo social, afirmou a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), para quem a falta de controle sobre esse uso repercute negativamente na economia do país e na formação do jovem brasileiro, além de causar -dor, saudade e indignação-.
- A queda de produtividade gerada pela perda da força de trabalho causada por armas de fogo já consome 10% do PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil - disse Lúcia Vânia.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citada pela senadora, o uso de armas aumentou o número de mortes no país, diminuindo a expectativa de vida do brasileiro.
Fonte: Agência Senado, Brasil de Fato, O Globo, RD News.
*Dados de respondabilidade do Instituto, divulgados pós-implementação do Estatuto.
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