O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), quer exonerar cerca de mil servidores que ocupam cargos comissionados no Executivo Municipal, incluindo diretores eleitos para ocupar o cargo nas unidades de ensino da rede pública da capital. Em entrevista na manhã desta terça-feira (10), Abílio afirmou que irá solicitar à sua equipe de transição que peça a demissão em massa ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), no dia 31 de dezembro. Caso o atual mandatário não realize a ação, ele o fará no dia 2 de janeiro. Outro alvo do corte da futura gestão são contratos que o político considera “superestimados”.
“Não tenho interesse nenhum em comissionados ligados a ele (Emanuel) e nem a nenhum dos vereadores”, afirmou Abílio de forma enfática. Ele ainda declarou que todos os cargos de livre nomeação e em comissão serão substituídos. Conforme o prefeito, as movimentações em cargos de indicação política na Prefeitura de Cuiabá podem representar um “distúrbio” ou uma tentativa de manipulá-lo em acordos, o que ele rejeita.
Abílio relata que, apenas após as eleições, em outubro, 131 cargos comissionados foram substituídos. Para ele, uma ação como essa, no final de mandato, representaria uma tentativa de pressão.
“Ao nomear pessoas lá por indicação de vereadores aqui, para que depois eu segure essas pessoas lá, sob tentativa de articulação de mesa ou qualquer coisa nesse sentido”, concluiu. Por isso, esclareceu sua posição pela demissão: “Então já deixo claro. Todos os cargos ligados aos atuais vereadores, comissionados e de livre nomeação serão exonerados e depois a gente avaliará quem fica, quem sai e quem volta.”
Ainda sobre cargos de confiança, como os de diretores da rede municipal de ensino, o prefeito afirmou que será necessário um processo de análise “nome a nome”. A princípio, todos serão demitidos e os interinos serão indicados pelo prefeito para o cargo.
“No começo, vamos fazer uma substituição e depois o processo para eleição democrática”, afirmou.
Contratos
Abílio afirmou que irá “cortar contratos” os quais considera onerosos aos cofres públicos. O objetivo do prefeito eleito é fazer uma economia de R$ 100 milhões em 100 dias com a não renovação dos acordos. Ele cita o exemplo de uma tratativa no valor de R$ 40 milhões, que seria no setor de tecnologia, o qual ele considera redundante.
E outros que seriam “repetitivos” em várias secretarias: “Então, a gente vai revisitar esses contratos como um todo e vamos pedir para suspendê-los, e muitos deles encerram em dezembro. Em janeiro, não pretendemos renovar alguns desses contratos”, argumentou.
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