O governador Mauro Mendes (União) se posicionou contrário à possibilidade de que a Secretaria de Saúde de Cuiabá passe por nova intervenção estadual ante a crise que enfrenta. O chefe do Executivo estadual declarou que a alternativa ‘não tem o menor sentido’, visto que a gestão do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está a pouco mais de 20 dias do fim.
“Na minha opinião, não tem o menor sentido, faltando 15 para encerrar”, declarou Mauro em coletiva de imprensa, na tarde desta última segunda-feira (09), no Palácio Paiaguás.
Ocorre que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALMT) convocou uma reunião também na tarde desta segunda para debater a adoção de novo período interventivo na Pasta, que tem sido alvo de manifestações de servidores em virtude do atraso de pagamento de salários.
Em 2023, a SMS ficou por 9 meses sob gestão estadual por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). De lá para cá, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura e órgãos fiscalizadores a fim de condicionar a pasta a melhores condições. Todavia, diante de novo ‘caos’ na Saúde, em relação a pagamento de terceirizados, o assunto voltou a ser discutido.
Contas aprovadas
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) aprovou a gestão dos recursos financeiros da prefeitura referentes ao ano de 2022. A decisão foi recebida com certa surpresa, visto que a Corte de Contas já havia reprovado balancetes referentes a 2022. O governador pontuou que não cabe a ele julgar a questão.
“Quem tem que comentar sobre isso é o próprio Tribunal de Contas. Esclarecer o que mudou de lá para cá, que reprova por ampla maioria. O que aconteceu?”, comentou.
Dentre as justificativas para a aprovação seria a de que a Saúde de Cuiabá estaria sendo sobrecarregada pela demanda de pacientes do interior do Estado. Mauro, então, disparou:
“Eu fui prefeito de Cuiabá, então, se alguém quiser discutir esse tema comigo, tem que se preparar. Cuiabá recebe por isso. Cuiabá recebe dinheiro do Estado e da União para atender o interior. Agora, não quer prestar o serviço, é isso? Explica isso”, indagou.
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